Com recursos escassos no DEC, o presidente da autarquia, Marlon Calegari, diz que vai eleger prioridades


Marlon Calegari da Silva, presidente do Dec


Com recursos escassos no DEC, o presidente da autarquia, Marlon Calegari, diz que vai eleger prioridades

DEC tem menos recursos para este ano

Segundo presidente, folha de pagamento consume 75% dos recursos de 2011

A exemplo do que ocorreu em 2010, o Departamento de Esportes e Cultura de São José do Rio Pardo (DEC) deve ter mais um ano difícil. A autarquia municipal terá de eleger prioridades, caso queira executar sua programação de atividades esportivas e culturais. Com um orçamento apertado, folha de pagamento inchada e precisando investir, o DEC inicia em fevereiro seu calendário oficial em clima de contenção de despesas.

Segundo o presidente da autarquia, Marlon Calegari da Silva, o DEC tem para 2011 pouco mais de R$ 2,5 milhões de orçamento. “É praticamente o mesmo orçamento que tivemos em 2008”, explica, observando que os recursos terão de cobrir despesas com pessoal, modalidades esportivas e culturais, e também com obras nos espaços públicos destinados às atividades da autarquia. “Em 2008 tínhamos este orçamento, mas tínhamos também menos praças esportivas para cuidar. Hoje são 11 espaços que temos de manter em funcionamento”, comenta.

Os espaços a que se refere o presidente do DEC são locais onde acontecem atividades da cultura e esporte, como campos de futebol, museu, Casa de Cultura Euclides da Cunha, Fábrica de Expressão dentre outros.

“A redução no nosso orçamento foi na ordem de 40% em relação ao previsto no ano passado. Além disso, cerca de 75% do nosso orçamento é destinado à folha de pagamento de pessoal”, diz Marlon observando ainda que, “dos R$ 3,7 milhões previstos como orçamento de 2010, a Prefeitura deixou de nos repassar cerca de R$ 1 milhão e por isso tivemos que cortar gastos”, justifica.

É com esse caixa beirando o vazio que o presidente pretende implementar as atividades previstas no calendário do DEC, que será apresentado oficialmente em fevereiro. Diante deste quadro, a participação na cidade em competições esportivas deve ser limitada; os gastos com viagens serão reduzidos e as entidades esportivas, a exemplo do ano passado, ficam sem recursos.

“Nosso trabalho neste ano deve ser no desenvolvimento de atividades que mobilizem a população na própria cidade. Devemos reativar núcleos esportivos e culturais nos bairros; dar andamento a projetos de recreação em parceria com a FEUC - Faculdade Euclides da Cunha, trabalhar junto às creches e prosseguir o projeto de caminhada”, explica o presidente do DEC.

A participação de representantes da cidade em competições regionais e estaduais deve adotar alguns critérios, sendo o principal deles a priorização das competições e a redução dos custos com treinamento. “De agora em diante, as atividades visam os Jogos Regionais, que acontecem em julho. Depois, do meio do ano teremos uma redução nestas atividades. Nosso objetivo não é prejudicar equipes ou modalidades mas trabalhar com os recursos que nós temos”, explica Calegari

Sem recursos para reformas

Por meio de mudanças estruturais na gestão municipal, implementadas pelo prefeito João Luís, a Casa de Cultura Euclides da Cunha, Biblioteca Municipal “Monteiro Lobato”, Museu Riopardense “Arsênio Frigo” e Mercado Cultural, antes administrados pela Secretaria Municipal Turismo, passaram ao comando do DEC. Na área esportiva, também passaram aos domínios do DEC o Centro de Lazer do Trabalhador, no Vale do Redentor; o estádio do Grêmio Municipal, entre outros espaços. “No ano passado havíamos planejado a realização de reformas nos prédios mas como não recebemos parte dos recursos orçamentários previstos, os serviços não puderam ser realizados. E neste ano temos de fazer as reformas”, explica o presidente do DEC. Ele destaca que o prédio do Mercado Cultural e do Museu são os que precisam de serviços mais urgentes. “A Casa Euclidiana já está em fase final de reforma, com recursos do Estado, mas o Museu e o Mercado nós teremos de reformar com recursos próprios”, diz.

Outra obra prevista pelo DEC, e que não evoluiu no ano passado, é a reforma do estádio municipal “Palmyro Petrocelli”, no Jardim Santos Dumont. Obra inacabada há várias décadas, o estádio até agora é apenas um gramado pouco cuidado cercado por arquibancada de concreto.

“No ano passado houve licitação para aquela obra, mas a empresa vencedora simplesmente desistiu de fazer o serviço”, comenta Marlon Calegari. Ele diz que uma nova licitação estava em andamento nesta semana (a reportagem o entrevistou na quinta-feira) para dar continuidade ao projeto da reforma. “Parte dos recursos já estão disponíveis”, garante.

De acordo com o presidente do DEC, o projeto de reforma do estádio municipal prevê, além de melhorias no gramado e arquibancadas, a instalação de iluminação e - por meio de convênio com a Secretaria Estadual de Esportes, a construção de uma pista de atletismo, própria para competições. “Outra idéia nossa é permitir que um caseiro fique instalado no local, o que possibilita uma vigilância constante deste tipo de espaço, evitando ações de vandalismo”, completa.

Parceria com entidades

Com recursos escassos e precisando recuperar áreas esportivas e culturais, as parcerias entre o DEC e entidades esportivas também está ameaçada. O apoio financeiro à Liga Riopardense de Futebol, Liga Riopardense de Fusal, Associação Riopardense Rural e Urbana de Futebol Amador (Arrufa) não deve ocorrer em 2011. “O que nós podemos oferecer é apoio estrutural e de material, caso seja necessário”, explica Marlon comentando que os campos de futebol mantidos pelo DEC, os ginásios e quadras esportivas estão à disposição, mas as entidades terão de se mobilizar para custear as taxas de arbitragens e viagens.

Fonte: Jornal Gazeta do Rio Pardo





Publicada em : 05/02/2011, por Paulão



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