Silvio Torres conhece estrutura da Alemanha-2006 de olho no Brasil-2014 O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e também membro da Subcomissão de Fiscalização da Copa de 2014, deputado federal Silvio Torres, aproveitou o recesso de julho da Câmara dos Deputados para conhecer a estrutura organizacional da Copa de 2006, realizada na Alemanha. Nos dez dias de viagem, o parlamentar tucano visitou as cidades de Frankfurt, Berlin e Munique, conheceu alguns estádios que sediaram o Mundial e se reuniu com autoridades alemãs e membros do Comitê Organizador da Copa de 2006. O objetivo foi tomar conhecimento de como o parlamento alemão e outras autoridades atuaram na organização daquele Mundial, como se deu a prestação de contas, a origem dos recursos para as obras (construção e reforma dos estádios, investimento nos setores viários das cidades), o papel do poder público como agente fiscalizador de todo o processo. A missão do deputado à Alemanha reflete a preocupação do Congresso Nacional com os aspectos financeiros e orçamentários da Copa de 2014. Durante a visita, Silvio Torres se encontrou com diversas autoridades, pessoas que foram peças-chave para o sucesso daquele evento. Entre elas, destaca-se Franz Beckenbauer (ex-jogador da seleção alemã - campeão do Mundo em 1974 - e presidente do Comitê Organizador do Mundial-2006). No encontrou, tomou conhecimento, por exemplo, de que dos 12 estádios da Copa da Alemanha, apenas dois tiveram a injeção de recursos do poder público do Governo Federal. O restante das obras ficou a cargo da iniciativa privada, com a participação dos municípios. -Aqui, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, acaba de declarar que os estádios brasileiros precisarão de injeção de recursos públicos. Uma mudança no discurso inicial- compara o parlamentar. Também esteve com Horst R. Schmidt, braço direito de Franz Beckenbauer, que foi o principal executivo do Comitê Organizador do Mundial 2006. No encontro, percebeu-se, por exemplo, que ao final do mundial, depois das contas integralmente aprovadas, o Comitê Organizador da Copa terminou sua contabilidade com superávit de recursos. Esses recursos, depois, foram distribuídos para as cidades e clubes envolvidos diretamente na Copa do Mundo de futebol. -O controle dos investimentos, na Alemanha, tinha a participação direta do Comitê, da Liga Alemã de Futebol, do Poder Público e da FIFA. Para se ter uma idéia, o presidente de um dos clubes de Munique, o München 1860, terminou preso porque esteve envolvido no desvio de recursos durante o projeto Alemanha 2006-, compara o parlamentar brasileiro. O presidente da CFFC também foi conhecer a atuação do Parlamento Alemão com relação ao Mundial de 2006. Reuniu-se com o Peter Danckert, presidente do Comitê de Esportes do Parlamento Alemão e Membro do SPD - Partido Social Democrata, naquele país, para saber sobre detalhes da estrutura política do país germânico. Segundo Torres, a organização da Copa de 2006 envolveu 14 Ministérios, com o do Interior encarregado da interface com as demais entidades, setor privado, clubes e Parlamento. -Houve uma comissão específica de financiamento e controle no Ministério do Esporte, com um ponto de coordenação - centro distribuidor das tarefas da organização-. Torres avaliou como positiva sua ida à Alemanha, principalmente no que diz respeito à visita a alguns estádios que abrigaram a Copa do Mundo de Futebol. Ele conheceu os estádios de Frankfurt, Berlim e Munique. O Frank Stadion foi construído dentro de uma área tombada que é um bosque dentro da cidade que é a capital financeira da Alemanha e onde funciona a sede do Banco Europeu, que reúne os países do continente. Em Berlim, o Estádio Olímpico - construído pelos nazistas- foi parcialmente reformado e recebeu, por exemplo, a final da Copa do Mundo de 2006, entre França e Itália. -É uma obra admirável, sob o ponto de vista histórico. Um lugar para não se esquecer- argumentou o parlamentar. Para finalizar as visitas, o deputado conheceu dois estádios na capital da Baviera. Em Munique, visitou o Estádio Olímpico - construído para as Olimpíadas de 72 e para a Copa de 74 - e também o Alianz Arena, construído especialmente para a Copa do Mundo 2006, atual sede do Bayern de Munique, o clube de futebol mais rico da Alemanha. A convite do Franz Beckenbauer, presidente do Conselho da Bayern Munchen, Silvio Torres assistiu as partidas da Audi Cup, disputada entre o clube alemão, o Milan da Itália, o Boca Junior, da Argentina, e o Manchester United, da Inglaterra. Como a viagem foi oficial, toda a agenda do deputado foi organizada pela Embaixada Alemã, através do Instituto Goethe. Em Frankfurt, Torres foi recebido pelo embaixador Cesar Amaral e a embaixatriz Lídia Amaral. Em Berlim, esteve com o embaixador brasileiro Everton Vargas e com a embaixatriz Claudia Vargas, além do ministro Tovar da Silva Nunes.