Depoimento- Mais que um Clube


Duda com o filho Breno Boaro


Depoimento

Mais que um Clube

O técnico do basquete Eduardo de Souza Corrêa o Duda fala de sua gratidão ao Rio Pardo Futebol Clube e a cidade de São José do Rio Pardo.

Tudo começou em 1996 onde na época defendia a equipe de Votorantim no campeonato da ARB - Associação Regional de Basquete. Neste ano foram diversos confrontos equilibrados contra a equipe da cidade de São José do Rio Pardo, onde a maioria das vezes consegui uma boa atuação. No mesmo ano (1996) os Joguinhos Abertos do Interior foram sediados em cidade de São José do Rio Pardo e mais uma vez nos confrontamos numa partida válida pelas quartas de final da competição. Neste jogo tive a felicidade de realizar uma partida impecável que automaticamente nos deu a passagem para a próxima fase (semifinal). O que ninguém sabe. O fato foi que ao término dessa partida, um senhor aproximou-se, pegou em minhas mãos e disse: “parabéns garoto!! Você é um belo jogador, deveria ter nascido rio-pardense”. Isso mexeu comigo, pois ao término de qualquer partida que seu clube não saia classificado, fica difícil manter a calma e controlar tais emoções. Ai me vem esse senhor é me surpreende dessa forma. Nunca mais esqueci.

Ali se inicia uma bela história. O retorno a São José do Rio Pardo se deu no ano de 2000. O Rio Pardo Futebol Clube estava montando uma equipe para disputar a 2° divisão do Campeonato Paulista e estava com cerca de 90% da sua equipe formada fui realizar um teste para fazer parte desse elenco que prometia se destacar na competição.

Realizei um bom teste e consequentemente fui escolhido pelo técnico Emerson para compor o grupo. Fiquei muito feliz em fazer parte da equipe e da cidade onde um dia aquele senhor quis que representasse.

Início dos treinamentos, logo fui me familiarizando com a equipe, funcionários do clube e também com os moradores de Rio Pardo, me sentindo mesmo em casa. Porém, tive meu primeiro desafio.

Percebi que meu jogo no momento não era o que mais agradava o técnico Emerson, pois estava sendo o 3° armador a entrar nas primeiras partidas. E isso me incomodava não me conformava, com todo respeito aos outros amigos de posição, não admitia entrar como a terceira opção de jogo. A partir disso, passei a treinar e me empenhar cada vez mais, chegando mais cedo e muitas vezes saindo mais tarde do que meus amigos.

E isso foi me fortalecendo e me ajudando nós treinos e jogos, o que eram 5 min jogados nos primeiros jogos, passaram a 10, 15 min, passei a ser a segunda opção e quando menos perceberam estava iniciando os jogos como armador principal da equipe. Triunfo. Não bastava iniciar os jogos comecei a fazer

ótimas partidas e mais, as principais bolas que decidiriam os jogos começaram a cair na minha mão. Tive a imensa felicidade de não desperdiçar uma bola se quer, e junto com meus companheiros levamos o nome do São José do Rio Pardo ao topo do basquetebol paulista, sagrando-se campeões no ano de 2000 e no ano seguinte (2001) fomos campeões do Torneio Novo Milênio (também promovido pela Federação Paulista).

Pra finalizar

Não me recordo do senhor e não sei se está ainda entre nós, só gostaria de lhe dizer que se Deus não me deu a honra de ter nascido rio-pardense, minha continuação nessa vida é, meu filho Breno Boaro é rio-pardense, e minha história como atleta teve o auge nesta cidade. Muito obrigado por indiretamente fazer parte dessa energia positiva que sinto toda vez que piso na cidade e em especial na quadra do Rio Pardo Futebol Clube. Gratidão!





Publicada em : 14/06/2016, por Paulão



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